tipos de bolsas

8 tipos de bolsa e como usá-los

Tão versáteis quanto necessárias, as bolsas fazem parte da história da humanidade há um bom tempo. Nas pirâmides do Egito já há registros de pinturas que retratam a população da época carregando pertences em pequenos sacos de tecido amarrados à cintura.

Mas, se hoje fazemos distinção entre bolsa para trabalhar, para ir ao barzinho e para festas de casamento, e se compramos bolsas de acordo com a moda, é porque na Idade Média esse acessório começou a ganhar diferentes caras e significados.

Primeiro, as bolsas masculinas ficaram maiores e feitas de couro, enquanto as femininas tinham menos espaço, mas possibilitavam uma maior variação de materiais e ornamentos. No entanto, ambas eram utilizadas amarradas à cintura.

Depois, lá pelo século XV, os vestidos femininos passaram a marcar a silhueta, impossibilitando o uso de bolsos. Os acessórios criando volume na cintura também se tornaram indesejados, e as mulheres começaram a usar bolsas de mão que comportavam leques, lenços e cartões de visita.

As bolsas como itens de desejo

tipos de bolsas

Modelo de bolsa carteiro. Foto de Laura Chouette, via Unsplash

Foi com a Revolução Industrial que as bolsas ganharam mais variedade de desenhos e tamanhos, e se tornaram objetos de desejo. Com o fortalecimento das indústrias e a competitividade entre elas, tornou-se mais interessante investir na diversidade de bolsas e nas tendências – embora, para as classes mais abastadas, as bolsas fossem acessórios muito mais decorativos.

De lá para cá, cada fase da história exerceu novas influências sobre as bolsas. Durante a Primeira Guerra, houve uma maior emancipação feminina e as bolsas ganharam mais relevância social. Afinal, as mulheres das classes mais altas não ficavam mais confinadas no lar e precisavam carregar seus pertences pela rua.

Durante a Segunda Guerra, a escassez de materiais também diversificou as bolsas. Os modelos em tecido viraram moda, já que o couro estava pouco acessível. Elas também ganharam zíperes e fechos de metal.

Na década de 50, a Chanel criou a bolsa com alças a tiracolo, que deixaram as mãos femininas mais livres. Um modelo clássico é o 2.55, criado, como o nome diz, em fevereiro de 1955, em couro matelassado e alças de correntes.

Tipos de bolsas

Outros modelos de bolsas se tornaram sonhos de consumo para as mulheres, como a Kelly, da Hermés, em homenagem a Grace Kelly, e a bolsa Jackie O., da Gucci, também chamada de Bouvier, que vendeu como água quando foi usada por Jackie Onassis. E, com tantas referências ao longo das décadas, não é surpresa que hoje exista uma variedade imensa de modelos, materiais e estilos para um mesmo acessório.

Na dúvida sobre qual escolher, aqui vão alguns tipos de bolsas e como usá-los:

tipos de bolsas

Modelo de bolsa baú. Foto de Roland Denes via Unsplash

  • Mochila: Essa todo mundo conhece! Prática e com pegada mais esportiva, ela tem alças separadas, para ser usada nas costas. Funciona bem em ocasiões mais informais, mas quem trabalha em ambientes de código vestuário mais formal pode recorrer aos modelos de couro, com linhas mais retas e aviamentos (zíperes e afins) mais discretos;
  • Baú: Estruturada e em formato arredondado, essa bolsa geralmente tem alças curtas, para ser levada na mão. Pela estrutura e jeito de carregar, somados ao fato do modelo ser espaçoso, se adapta bem aos ambientes, podendo ficar no meio do caminho entre o casual e o formal (a depender dos materiais e dos detalhes);
  • Carteiro: Um modelo prático e fácil de abrir e fechar, por ser inspirado nas bolsas usadas pelos carteiros. No entanto, nem sempre são grandes e de lona. Há modelos pequenos ou médios e em couro estruturado, que também têm a aba com fecho na parte frontal, marca registrada desse modelo – quanto maior e mais maleável o material, mais informal;
  • Bolsa saco: Com alças longas e fecho de corda, ela foi inventada na década de 30, por Louis Vuitton. De lá pra cá, ganhou várias releituras, mas até pelo nome a gente percebe que é mais informal;
  • Cantil: Redonda e com alças longas, é comumente usada na transversal. É prática por deixar os braços livres, e o jeito de carregar deixa a bolsa mais despojada e informal;
  • Clutch: Em formato retangular e sem alças, essa bolsa é a ideal para ocasiões bem formais, como casamentos – mas já tem uns anos que a moda propõe modelos maiores, feitos em materiais mais informais (como a palha, tecidos coloridos ou camurça, por exemplo), que funcionam para ocasiões “arrumadinhas” do dia-a-dia (um jantar em um restaurante bacana, exemplo, ou a ida a um pub);
  • Tote: Grande, estruturada e com alças separadas, ela é prática, espaçosa e feita para se levada na mão.É uma peça essencialmente casual, mas os modelos em couro liso e estruturado, com poucos detalhes, podem ser vistos em ambientes tradicionais de trabalho, especialmente como bolsa de apoio para carregar computadores, pastas e outros materiais;
  • Hobo: Em formato de meia lua e com alças médias, para ser carregada nos ombros, a bolsa hobo é geralmente feita com zíper e materiais maleáveis – quanto mais molinha, mais informal.

Na dúvida de como escolher a bolsa certa para cada ocasião, vale lembrar que quanto mais delicada e estruturada ela for, mais formal é. Bolsas de lona, de tecido e de couro molinho têm uma pegada mais despojada. O mesmo acontece com as bolsas transversais.

Já os modelos feitos em couro estruturado, com apliques, bordados, brilhos e fechos de metal tendem a ser mais formais. Para ocasiões de muita formalidade, como um casamento, as clutches são as bolsas mais usadas. Já para o trabalho, outros modelos mais práticos fazem mais sentido.

Entre tantos tipos de bolsas, o mais importante é dosar o seu estilo, a formalidade da ocasião e as suas necessidades.

 

Deixe um Comentário