2 truques rápidos para saber se a roupa vai formar ‘bolinhas’

De repente, aquele seu suéter querido se encheu de bolinhas! E agora?

Pois é. Pra mim, o inverno é essa época maravilhosa de sobreposições e de blusões quentinhos de tricô.  A minha felicidade aumenta junto com as camadas de roupa que a temperatura me possibilita vestir.

O problema é que essas roupas parecem durar menos. Muita gente acaba descartando suas roupas de frio antes do que gostaria, porque surgem as famigeradas bolinhas.

Como tirar bolinhas das roupas?

Você sempre pode apelar para o papa-bolinhas amigo e resgatar a peça. Esse tipo de aparelho geralmente é vendido em lojas de coisas para a casa, bugigangas e até centros de compras – como a 25 de março.

As pessoas mais antigas – e corajosas – usam lâminas de barbear para fazer a limpeza. Eu considero arriscado.

E se a malha for fininha demais, esquece. Grandes são as chances de furar a peça!

Antes de usar, o ideal é fazer um teste simples em um pedaço mais escondido da peça. Você pode fazer isso perto da cava, em baixo – é mais fácil de corrigir e o reparo não fica aparente.

De qualquer forma, em alguns casos mais críticos nem o melhor papa-bolinhas resolve. E aí, seguro mesmo é procurar peças que não desenvolvam as maledetas. Ou tomar cuidado com as que formam!

Como evitar bolinhas nas roupas?

Em primeiro lugar, é legal entender por que isso acontece.

O pilling (nome técnico) aparece quando peças de fibras sintéticas entram em atrito. Ou seja, o primeiro passo é evitar fibras sintéticas.

Para descobrir isso, você precisa olhar a etiqueta de composição da peça. Quanto mais poliéster e acrílico, por exemplo, maior a quantidade de bolinhas.

Essas fibras, aliás, são as maiores responsáveis por aquele cheirinho esquisito nas roupas – mesmo com um desodorante potente!

Peças de poliéster de boa qualidade até conseguem passar sem formar pilling (ou cheirinho ruim). E é mais comum que as bolinhas apareçam quando em tricôs e malhas, por causa da trama.

Se a peça for de acrílico, pode ter certeza que vai formar uma colônia delas antes mesmo que você termine de usar pela primeira vez. Pode ter certeza que o cheiro não vai ser muito legal também!

Entretanto, quanto maior a % de fibras naturais, melhor a qualidade da peça – e mais difícil que o pilling se forme. Pense em algodão, linho, seda e lã, por exemplo.

Na dúvida, faça um teste antes de comprar!

Esfregue, de levinho, duas partes da peça e ver se alguma bolinha já se forma na região. Se possível, antes mesmo de sair da loja.

Não é preciso força, você pode fazer em um pedaço pequeno e com gentileza – como eu mostro isso no vídeo abaixo!

Minimizando o surgimento de bolinhas nas peças

É cada vez mais difícil – e caro –  encontrar peças que não tenham acrílico na composição. Então, grandes são as chances de você acabar com pelo menos uma delas no armário.

Além de ter um papa-bolinha à disposição, vale cuidar pra que o surgimento seja mínimo.

Pensa comigo: se o atrito é o que causa essas bolinhas nas peças de fibra sintética, é preciso evitá-lo ao máximo.

Ou seja, cuidado na hora de montar sobreposições!

Usar como peça de cima vai deixá-la menos vulnerável do que usá-la entre camadas.

Por exemplo, usar um tricô sobre uma blusa ou camisa vai ser mais seguro do que usá-lo por baixo de uma jaqueta. Com o movimento, a jaqueta vai raspar no tricô e aí mais bolinhas aparecerão.

Pense também nas bolsas que serão usadas com a peça problemática. Pode ser mais interessante escolher um modelo de mão do que uma mochila ou modelo tiracolo que fica raspando no corpo.

Cuidado com a lavagem!

O ideal, especialmente para os tricôs, é lavar à mão. Mesmo quando envolvido em um saquinho de proteção, o modo “delicado” da máquina de lavar pode ser muito agressivo.

Mas cuidado! Lavar à mão é diferente de esfregar com força.

Dilua um pouco de sabão em um balde d’água, mergulhe a peça e massageie suavemente. Como se você estivesse lavando o seu cabelo.

Em pontos mais críticos, como abaixo dos braços e na gola, vale uma esfregadinha um pouco mais firme – mas sem excessos!

Do mesmo modo, após o enxague não vale torcer com força. O ideal é envolver a peça em uma toalha, formando um rolinho, e apertar para que ela absorva a umidade.

Dá um pouco mais de trabalho, eu sei, mas essas peças vão durar muito mais tempo!