O armário durante a fase de emagrecimento

Seja por uma vontade estética ou por uma questão de saúde, emagrecer é quase sempre uma batalha.

Para quem entra nessas, pode ser um momento de dúvidas. Se por um lado é gostoso olhar para os números da balança diminuindo, de acordo com a tal meta. Por outro, dá um certo desespero em ver as pilhas de roupas largas demais saindo do armário. Especialmente quando se sabe que não vale a pena investir em um armário todo novo porque ele pode ser perder novamente em breve.

Pode ser uma situação tão delicada que muita gente acaba se abandonando no meio do processo. Isso pode interferir nos resultados.

E é aí que moram duas informações importantes.

Armário e emagrecimento: 2 pontos importantes

1- quanto mais você emagrece, mais atenção precisa dar à sua imagem, para estimular a continuidade.

Para quem encara como luta e resolveu abraçar mais uma dieta ou processo de reeducação alimentar, pode ser difícil. Na correria da vida, às vezes é mais fácil abrir um chocolate do que lavar um pé de alface.

Criar o hábito de se exercitar, então, pode ser um parto. A cama parece mais gostosa do que os momentos suados na esteira. Então, se você sair andando por aí com peças largas demais, vai demorar a ver os resultados. Ao contrário do que muita gente imagina, roupas largas aumentam o volume, em vez de esconder. E se essas projetam uma versão cansada de si, é assim que você vai se sentir.

E vou sustentar o ânimo para continuar o tal projeto de emagrecimento pode ser mais complexo.

Já se você opta por peças que ficam certas no seu corpo, se verá mais próxima do objetivo e com mais vontade de perseguir os resultados que gostaria.

2- você não precisa de um armário novo a cada tamanho que emagrece.

Primeiro, porque isso é desperdício. Não só de dinheiro, mas de recursos naturais. E em tempos em que a gente corre o risco de não ter nem água para tomar banho ou para beber, pensar no quanto cada peça de roupa nova consome desse recurso é extremamente necessário.

Segundo e, principalmente, porque se você planejar suas compras direito e der uma boa olhada para aquilo que já mora aí na sua vida, não precisa comprar tantas peças novas assim.

O peso muda, mas o armário…

Saber lidar com o que já tá aí pode ser crucial durante o seu processo. Por isso, é bacana olhar pro caminho do meio.

Ajustes de roupas que ficaram largas

Algumas das suas peças podem ser ajustadas em até dois tamanhos.

A maioria das saias podem ser reduzidas em vários tamanhos. O ajuste só não funciona quando ela é cheia de recortes ou do tipo godé.

Vestidos e blusas sem mangas ou pregas, também podem ser ajustadas.

Ou seja, basta levar numa costureira esperta e pedir para que ela faça algumas pences ou tire um pouco do tecido lateral.

Reformas do que não pode ser ajustado

As peças que não podem ser ajustadas, podem ser reformadas.

Camisas de mangas e blazers não podem ser ajustados por causa das linhas dos ombros. Por melhor que seja a sua costureira, essa é uma alteração que dificilmente será feita com sucesso.

Mas, isso não quer dizer que você não possa dar uma cara nova para elas. Dá para pedir para a costureira remover as mangas e transformar em um colete ou uma blusa sem mangas. Vale pensar também em blusa de alcinhas ou até uma alteração mais diferente – a Gabriela Mazepa e a Elisa Dantas ensinam a “reroupar” várias peças nos workshops do Roupa Livre, por exemplo, onde já rolou camisa e camiseta virando vestidos, camisa virando saia…

As únicas peças que são mais difíceis de encontrar solução, a menos que você encontre alguém muito criativo para lidar com elas, são as calças e shorts, por causa dos ganchos. Estas, quando largas demais, precisam sair do armário. Mas algumas pessoas ainda conseguem transformar em saias, bolsas e outras coisas que não imaginamos em um primeiro momento.

A vantagem daquilo que vai embora

Tirar uma peça do seu armário não precisa significar jogar dinheiro fora.

Você pode vender em brechós, sites de segunda mão, grupos no facebook e afins e reduzir a perda financeira, por exemplo. Dependendo de onde você more, vale pesquisar sobre Flea Markets.

Outra solução é a boa e velha troca.

Em São Paulo, a gente conta com o Trocaderia, o Projeto Gaveta, o evento de trocas que rola dentro do Roupa Livre, entre outros tantos. Em Santos, rola o já tradicional Juicy Bazar.

Você também pode organizar um evento especial entre as suas amigas ou trocar em grupos do Facebook específicos para isso.

Quando tiver que comprar roupas menores

Não tem jeito. Você emagreceu tanto a ponto das reformas não adiantarem mais (ou custarem o preço de uma peça nova) e não encontrou tudo o que precisava nos bazares de troca?

Ok, então vamos pensar de forma bem racional!

Calças e shorts são difíceis de ajustar, então o ideal é evitar comprá-los. Se realmente necessário, comprar poucos modelos. Blusas e vestidos sem mangas e saias sem pregas, bolsos ou recortes são mais fáceis de ajustar, então é nessas peças que você vai investir mais. Considerando o calor atual, ainda será mais confortável sair por aí.

Se esfriar, você sempre pode sobrepor com os casacos que ainda estiverem bons e investir em meias grossas para cobrir as perninhas.

Sobre os materiais, é mais fácil investir nos leves e nas malhas que se adaptam melhor ao corpo do que nos estruturados que denunciam que aquela peça precisava ser de um tamanho menor (ou vários).

Como toda meta fica mais fácil de ser atingida quando vale um prêmio, você pode guardar o dinheiro não gasto à toa para investir nele quando seu objetivo for concluído!

Sobre as peças que esperam um acerto com a balança

Eu sei, esse pedaço pode ser um pouquinho mais difícil de pensar.

Uma das coisas que mais entulha o armário das pessoas são as “peças aspiracionais”. Aquela calça jeans tamanho 36 (em um armário 44-46), a saia curtinha “de quando as pernas eram mais finas”, o vestido com um corte específico que, na sua cabeça, só pode ser usado com um “determinado corpo” e por aí vai…

Uma por uma e elas te fazem perder tempo, energia e fazem com que cada peça do seu armário passe a custar ainda mais do que aquele valor na fatura do seu cartão.

Isso quer dizer que você deve jogar essas roupas fora?

Não exatamente. O que você precisa fazer é ser realista.

Há quanto tempo essa peça deixou de servir?

Se ela servia no último semestre, e por um ganho de peso inesperado passou para a pilha das “aspirações”, você pode considerar. E isso acontece.

Vamos supor que você comece o ano com um armário bem ok, mas planejando eliminar 15kg. Aí se deu conta de que os números da balança aumentaram 5kg nos últimos meses.

De repente, quase nada atrás daquelas duas portas fica bom no seu corpo e você me recusa a comprar peças novas por qualquer motivo que seja. Been there – done that.

Você está fazendo algo a respeito?

Esse é o ponto principal.

Eu sempre encontro pessoas que querem uma consultoria porque engordaram.

Se você ganhou peso e está ok com o seu corpo, maravilha! Realmente essas peças precisam ir embora e novas precisam entrar, para celebrar a nova forma.

Se você já começou uma reeducação e está em fase de emagrecimento, elas podem ficar aí por mais um tempinho. Isso porque não adianta comprar um armário todo novo a cada quilinho que você perde – neste caso, as dicas acima serão cruciais.

aquela calça querida que você usava na pré-adolescência, quando nem imaginava que daria alô para a menopausa tão cedo, você deve descartar.

Mesmo que você esteja em processo de emagrecimento!

O seu corpo vai assumir uma forma diferente, ainda que você volte para o tamanho. O jeito como você se vê também vai mudar. E né, o tempo passa… As suas necessidades não são mais as mesmas, muito menos os seus objetivos. Neste caso, bora olhar para as maravilhas do futuro e deixar o passado onde ele deve estar?

Efeito sanfona: como escolher roupas?

Para muitas mulheres, não tem jeito… A gente emagrece e engorda como se fosse uma sanfona.

Numa dessas, é muito fácil ficar guardando roupas esperando um dia usar de novo.

Isso acontece com você? Para você e muitas mulheres que passam pelo efeito sanfona, nesse vídeo eu deixei algumas dicas práticas de como lidar com a situação.

Este post reúne conteúdos publicados entre fevereiro de 2015 e setembro de 2017.

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